Distúrbios de
Linguagem
DISLALIA: omissão (quando a criança omite alguma
letra), substituição (quando a criança substitui uma letra por outra) ou
distorção de fonemas
(quando há a troca do fonema por outro parecido), sendo mais
comuns as substituições.
Exemplos de omissão: “asa” em vez de “casa”
Exemplo de substituição: “tapato” em lugar de “sapato”
Exemplo de distorção: “vaca” em lugar de “faca”
Há dislalias causadas por
deficiência auditiva. Também a má oclusão dentária pode determinar a distorção
das consoantes: F – K – T – G – D e o sigmatismo interdental (posição variável
da língua na cavidade oral, que causa distorção na fala seja
porque a língua projeta-se na porção anterior, entre dentes,
ou lateralmente). Está associado
a desordens nos órgãos fonoarticulatórios, dentários ou crânio-faciais, ou
ainda, sucção contínua de chupeta, respiração
bucal e próteses
dentárias,
pode ocasionar a troca dos sons
Z e S.
RINOLALIA: voz nasalada causada por lábio
leporino, fissura palatina ou adenoide.
DISFONIA: perturbação da voz caracterizada por
rouquidão ou perda esporádica da voz.
A disfonia infantil pode ter causa funcional e geralmente é
apresentada pela criança que não encontra harmonia e segurança no lar e por
gritar muito, sua voz é alta e rouca, confirmando o conceito que “ a voz é um
índice do bem-estar físico e emocional da criança”.
Entre os distúrbios da voz e da fala, de origem psicológica,
encontramos a voz soprosa da criança tímida, a anasalada da manhosa e mimada, a
infantilizada por imitação do irmãozinho ou por incentivo dos pais que acham
engraçadinho tal modo de falar.
TARTAMUDEZ ou GAGUEIRA: é a perturbação do ritmo
da fala com repetição, bloqueio no início ou no final das palavras e com
prolongamentos. Até mais ou menos 5 anos de idade pode acontecer uma “gagueira”
fisiológica sobre a qual não se deve despertar a atenção da criança pois isto
poderá trazer ansiedade e a disfluência torna-se patológica.
DISLEXIA: é caracterizada por incapacidade ou grande
dificuldade para a leitura e escrita, não causada especificamente por
deficiência mental ou sensorial. Temos então a criança em nível mental normal,
que vai bem em algumas atividades escolares mas fracassa, pouco ou nada
conseguindo, na leitura e na escrita. Alguns autores incluem na dislexia a
dificuldade de leitura e escrita dos números.
Os disléxicos podem apresentar transtornos de lateralidade, de
orientação espacial e temporal, de esquema corporal, de atenção e na capacidade
de análise e síntese.
Têm dificuldades em armar contas, seguir as linhas do caderno,
respeitar margens e confundem as formas das letras.
Estes problemas são
encontrados em muitas crianças no início do aprendizado, porém nas crianças
normais eles são facilmente superados e nos disléxicos eles permanecem.
Cabe aqui acentuar que não se devem confundir erros e vícios
de alfabetização com dislexia. Os disléxicos, como outros deficientes na área
de linguagem, precisam de tratamento especializado, mas precisam, e muito, do
auxílio do professor.
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